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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Teoria classica


A Teoria Clássica, teve o seu início na França e 1916, tendo como fundador o francês Henri Fayol, engenheiro que se baseava em princípios e técnicas para o seu trabalho.
Nos Estados Unidos, Taylor desenvolvia a Administração Científica, com ênfase nas tarefas, no operário em si.
O objetivo principal das duas teorias era o mesmo: a busca da eficiência das organizações.
A Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente. Partia da organização e da estrutura como um todo, para garantir a eficiência de todas as partes envolvidas, fossem elas departamentos, seções ou pessoas como executores de tarefas e ocupantes de cargos . A análise das tarefas de cada indivíduo cedeu lugar a uma visão global e universal da organização. A qual partia da estruturação de toda organização e chegava finalmente ao indivíduo.
Henri Fayol o criador da Teoria Clássica, dividiu as funções da empresa e criou os princípios gerais da administração, que são as bases da administração como ciência, estes princípios são úteis para estruturar qualquer organização seja qual for seu ramo de atividade e seu tamanho.
Fayol partiu de uma abordagem sintética, global e universal da empresa, inaugurando uma abordagem anatômica e estrutural, superando a abordagem analítica e concreta de Taylor.
Fayol via a organização como um corpo – o "corpo empresarial". As atividades desse corpo eram encaixadas em seis funções;

1. Funções técnicas, relacionadas com a produção de bens e serviços da empresa.
2. Funções comerciais, relacionadas com a compra venda e permutação/troca.
3. Funções financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais.
4. Funções de segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas.
5. Funções contábeis, relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.
6. Funções administrativas, relacionadas com as outras cinco funções integradas, pairando acima delas.

As Funções Administrativas
Sobre as funções administrativas, Fayol definiu elementos da Administração, ou funções do administrador, a saber;
1. Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação.
2. Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa.
3. Comandar: dirigir e orientar o pessoal.
4. Coordenar: ligar, unir harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos.
5. Controlar: verificar que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e as ordens dadas.

Os  Princípios Gerais Da Administração
Fayol refletiu sobre sua própria experiência como gerente e identificou diversas técnicas ou métodos administrativos que havia aplicado e que, em sua opinião, haviam fortalecido o corpo organizacional ou tinham-no ajudado a funcionar. Apesar dos receios de que pudesse ser mal interpretado (como foi), dado que se poderia pensar que estivesse propondo leis universais ao chamar de princípios a esses procedimentos, Fayol propôs quatorze deles, argumentando com os leitores, conforme uma citação que diz, "... não existe nada rígido ou absoluto quando se trata de problemas de administração, é tudo uma questão de proporção". Consequentemente, se encararmos a lista de princípios a seguir como um conjunto de tópicos importantes e diretrizes que em certos casos os gerentes podem aplicar, a nossa atitude estará próxima do espírito que foram originalmente sugeridos.
  1. Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência.
  2. Autoridade e responsabilidade: autoridade e o direito de dar ordens e o poder de esperar obediência. A responsabilidade é uma consequência natural da autoridade e significa ter o dever de prestar contas. Ambas devem estar equilibradas entre si.
  3. Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito às normas estabelecidas.
  4. Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o princípio da autoridade única.
  5. Unidade de direção: uma cabeça e um plano para cada conjunto de atividades que tenham o mesmo objetivo.
  6. Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais: os interesses gerais devem sobrepor-se aos interesses particulares.
  7. Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e para a organização em termos de retribuição.
  8. Centralização: refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização.
  9. Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo.
  10. Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana.
  11. Equidade ( reconhecer o direito de cada um): amabilidade e justiça para alcançar lealdade do pessoal.
  12. Estabilidade do pessoal: a rotatividade das pessoas tem um impacto negativo sobre a eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer num cargo, tanto melhor.
  13. Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente o seu sucesso.
  14. Espírito de equipe: harmonia e união entre as pessoas são as forças da organização.
Desvantagens da Teoria Clássica
  • Obsessão pelo comando: Tendo como ótica a visão da empresa a partir da gerência administrativa, Fayol focou seus estudos na unidade do comando, autoridade e na responsabilidade. Em função disso, é visto como obcecado pelo comando.
  • A empresa como sistema fechado: A partir do momento em que o planejamento é definido como sendo a pedra angular da gestão empresarial, é difícil imaginar que a organização seja vista como uma parte isolada do ambiente.
  • Manipulação dos trabalhadores: Bem como a Administração Científica, fora tachada de tendenciosa, desenvolvendo princípios que buscavam explorar os trabalhadores.
  • A inexistência de fundamentação científica das concepções: Não existe fundamentação experimental dos métodos e técnicas estudados por Fayol. Os princípios que este apresenta carecem de uma efetiva investigação, não resistindo ao teste de aplicação prática.
Decorrência para administração atual

Entende-se que todas essas inovações impostas na administração científica reforçam a idéia da alienação tão discutida nos dias de hoje, pois se percebe com clareza que os trabalhadores eram apenas seres que executavam idéias estudadas dos superiores. Todo o trabalho, execução e produção são dependentes de uma boa organização. E para que se alcance o sucesso estas tarefas devem ser comandadas pelos superiores. Até hoje as teorias de Fayol são usadas nas empresas, porem tornar o funcionário alienado a apenas execução sem o direito de voz desconsiderando o seu lado pessoal, gera insatisfações podendo ate desestruturar uma organização.


Bibliografia: 
livros: CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 4. ed. São Paulo: Makron, 1993.
MAXIMIANO, Antonio Cesar A. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 3. ed. São Paulo: Atlas S.A., 2000.



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